Liverpool x PSV: Melhores Momentos e Resultado – Champions League – 26/11/2025

Em uma atuação madura e valente em Anfield, o PSV venceu o Liverpool por 4 a 1 na quinta rodada da Champions League, em duelo realizado às 17h (de Brasília). A equipe neerlandesa soube aproveitar cada brecha defensiva do adversário, manteve o plano de jogo com disciplina e saiu da Inglaterra com uma vitória maiúscula, reforçando a excelente fase, enquanto os Reds seguem dando sinais de uma equipe perdida, bagunçada, e que precisa se reencontrar.

A partida começou quente, e logo aos 4 minutos a torcida esbarrou na primeira dose de incredulidade. Em escanteio cobrado pelo PSV, Van Dijk ergueu os braços de forma imprudente (quase infantil) dentro da área, cortando a bola como se fosse vôlei. O capitão dos Reds até pediu falta no lance, mas nada justificava a mão clara. Perisic converteu o pênalti com categoria: Mamardashvili de um lado, bola do outro.

O empate veio cedo, aos 15. Mac Allister iniciou a jogada, encontrou Gakpo na esquerda e o atacante dançou na área antes de finalizar firme. O goleiro Kovar rebateu para o meio, onde estava ele, o melhor jogador do Liverpool na temporada: Szoboszlai. O camisa 8 não perdoou, empurrando para dentro da marca do pênalti.

O jogo seguiu aberto. Três minutos depois, o PSV assustou na bola parada, com Gasiorowski marcando no rebote, mas o impedimento já estava assinalado. Era uma trocação franca, marcada por desorganização e ritmo acelerado.

Aos 27, Gakpo voltou a aparecer bem, acionando Salah na área. O egípcio seria fatal, mas levou um carrinho limpo do marcador, salvando o PSV no limite. Na sequência, aos 31, quase a redenção de Van Dijk: escanteio de Salah, subida no terceiro andar e cabeceio no travessão.

O Liverpool cresceu de maneira consistente até o intervalo, empurrando o adversário para trás e dominando as ações. Faltou transformar pressão em gol; sobrou sensação de que o time neerlandês resistia como podia, após ter começado melhor a noite.

Após minutos de posse inglesa e organização holandesa, aos 11 minutos, a eficiência premiou os visitantes. Mauro Júnior enfiou belo passe para Til, que atacou o espaço nas costas da zaga e finalizou na saída do goleiro. Um gol simples, direto, que expôs novamente a bagunça defensiva dos Reds.

O Liverpool tentou responder. Aos 19, Szoboszlai testou Kovar num chute forte de fora da área, espalmado no susto. No lance seguinte, o húngaro cruzou com precisão para Gakpo, que desperdiçou chance claríssima de cabeça — a bola subiu demais, arrancando lamentos das arquibancadas.

O filme do primeiro tempo se repetiu: pressão vermelha, obediência tática do PSV, bolas cruzadas que insistiam em não encontrar as redes. Até que, aos 28, veio o lance que desmontou qualquer esperança. Konaté errou bisonhamente uma dividida em bola recuada, permitindo que Pepi entrasse na área e carimbasse o poste. O rebote caiu nos pés de Driouech, no lugar certo e na hora certa: 3 a 1 — um gol que também evidenciou o acerto de Bosz, que havia colocado justamente os dois em campo instantes antes, mexendo com precisão cirúrgica no ritmo da partida.

A partir daí, foi desespero. Slot lançou Chiesa no lugar de Konaté e o Liverpool foi ao tudo ou nada, mas parecia uma noite em que poderiam jogar por mais duas horas sem marcar.

Nos acréscimos, a goleada se completou. Dest recebeu na direita, segurou a passada e cruzou rasteiro para a entrada da área. Driouech apareceu sozinho, finalizando no canto e selando um 4 a 1 que expôs a fase terrível dos ingleses. O PSV, por sua vez, estende sua sequência invicta para 12 jogos e mostra maturidade impressionante na temporada.

O resultado deixa o Liverpool afundado no 13º lugar, estacionado com 9 pontos e fora do bloco que briga por vaga direta na próxima fase. O PSV encosta de vez, chega aos 8 pontos e assume a 15ª posição, embalado e muito mais seguro dentro de sua proposta.

Além disso, os Reds mostram que há um trabalho imenso pela frente para que a equipe de Slot reencontre algum tipo de eixo, especialmente diante de uma sequência que vem minando confiança e estrutura. Por fim, nada funcionou hoje — como, aliás, pouca coisa tem funcionado em qualquer frente, inclusive no campeonato doméstico, onde a urgência por respostas é impossível de ignorar.

Foto: ANP / Getty Images