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Manchester City x Liverpool: Melhores momentos e resultado – Premier League – 09/11/2025

No dia em que Pep Guardiola completou sua milésima partida como treinador profissional, o Manchester City teve atuação de gala no Etihad Stadium. Com gols de Haaland, Nico González e Jérémy Doku, o time de Manchester venceu o Liverpool por 3 a 0, neste domingo (9), pela 11ª rodada da Premier League.

MANCHESTER CITY X LIVERPOOL MELHORES MOMENTOS

1º TEMPO: DOMÍNIO DO CITY E RESPOSTA ANULADA DOS REDS

Logo aos 10 minutos, Doku deixou claro que seria o protagonista da tarde. Em jogada pela esquerda, passou por Konaté, invadiu a área e sofreu pênalti após toque de Mamardashvili com o joelho (confirmado pelo VAR). Na cobrança, Haaland parou no goleiro georgiano, que defendeu firme no canto esquerdo e manteve o 0 a 0.

O lance acendeu o jogo. Com ampla posse, acima dos 70% naquele momento, o City controlava o ritmo e ditava o território, concentrando as ações no lado esquerdo com Doku, enquanto o Liverpool tentava reagir pela direita com Salah. A pressão dos mandantes deu resultado aos 28 minutos: após uma bela transição desde a defesa, Matheus Nunes cruzou da direita e Haaland se redimiu, subindo mais alto que Konaté para cabecear com precisão no canto — 1 a 0 City.

O Liverpool tentou reagir. Aos 37, Van Dijk marcou de cabeça após escanteio cobrado por Mohammed Salah, mas o gol foi anulado — Robertson, em impedimento, interferiu na visão de Donnarumma.

Nos acréscimos, o City ampliou: após jogada iniciada com escanteio curto, Nico González arriscou de fora da área, a bola desviou em Van Dijk e enganou Mamardashvili. O primeiro tempo terminou com o City em vantagem confortável e controle emocional absoluto. 2 a 0 e sensação de maturidade tática.

2º TEMPO: DOKU SELA A VITÓRIA COM GOLAÇO E ATUAÇÃO DE CRAQUE

O Liverpool voltou mais agressivo, com marcação adiantada e posse mais presente no campo ofensivo. Chegou a ameaçar com Gakpo, mas sem precisão. O City respondeu com a arma do jogo: Doku. Aos 17 minutos, o belga recebeu pela esquerda, cortou para o meio e bateu colocado, de fora da área. O camisa 11 marca um golaço, sem chance alguma para Mamardashvili.

A partir daí, o City administrou o ritmo, controlando os espaços e rodando a posse com segurança. O Liverpool ainda tentou reagir com Szoboszlai, que obrigou Donnarumma a boa defesa, mas faltava profundidade. Salah, em rara chance clara, ficou frente a frente com o goleiro e mandou para fora. O tipo de jogada que, em temporadas passadas, terminaria invariavelmente em gol. Desta vez, porém, o desfecho apenas confirmou o mau momento do egípcio, que parece lutar mais contra si mesmo do que contra os adversários.

O contraste ficou evidente: enquanto Doku acertava quase todos os duelos individuais e mantinha a defesa dos Reds em alerta constante, Salah parecia travado, sem o mesmo ímpeto e desequilíbrio que por tanto tempo definiram seu jogo. Um duelo simbólico de fases opostas: o belga em ascensão, o craque do Liverpool tentando reencontrar o brilho.

Nos minutos finais, restou apenas o aplauso: Jérémy Doku, eleito o craque da partida, saiu ovacionado. Em um jogo de celebração e controle, o Manchester City mostrou força e equilíbrio para seguir firme na disputa pelo título.

CLASSIFICAÇÃO DA PREMIER LEAGUE

Com a vitória, o Manchester City chega a 22 pontos, mantém-se na vice-liderança e reduz para quatro a diferença em relação ao Arsenal, líder isolado. Mais do que os números, o time de Guardiola dá sinais de reencontro com seu jogo: compacto, paciente e letal nas transições.

Do outro lado, o Liverpool estaciona nos 18 pontos, cai para a oitava colocação e expõe as fragilidades de uma equipe que, inegavelmente, ainda busca identidade. Arne Slot terá trabalho para equilibrar um time que alterna bons momentos de pressão com apagões coletivos. Numa Premier League cada vez mais implacável e punitiva, esses apagões tem custado muito mais que alguns pontos.

Foto: Reprodução / Manchester City

Davi Mendonça

Formado em Gestão Esportiva, escrevo sobre futebol com foco em redação e análise. Fortaleza me ensinou o calor do jogo, a TV me ensinou a amá-lo de longe. Falo de cinema também, talvez por buscar as mesmas emoções em outro campo.

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